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segunda-feira, 21 de abril de 2008

Língua Hebraica (Alan Unterman)

UNTERMAN, Alan. Dicionário judaico de lendas e tradições. Rio de Janeiro: JZE, 1992. p.114: "Língua semítica. A Bíblia judaica é escrita em sua maior parte em hebraico consonantal, sem sinais de vocalização, embora alguns livros bíblicos sejam em ARAMAICO. Para os judeus, o hebraico é a língua sagrada, com a qual Deus criou o mundo, e seu ALFABETO mantém ainda um poder criador para aqueles que saibam combinar suas letras. De acordo com uma tradição rabínica, todos falavam o hebraico, até que a única língua no mundo dividiu-se em setenta línguas, após a construção da torre de Babel (Gên. 11). No Egito, os israelitas continuaram a falar o hebraico entre eles, e, ao manter sua identidade, mereceram ser redimidos da escravidão. Por vários séculos antes da Era Comum, a maioria das pessoas, na Palestina e na DIÁSPORA, falavam o vernáculo, que era usualmente um dos dialetos aramaicos, e o hebraico tornou-se uma língua erudita, usada para fins literários e litúrgicos. A própria Bíblia teve de ser traduzida para o TARGUM aramaico, para que as pessoas comuns pudessem entendê-la, e a Mishná foi escrita num estilo hebraico mais simples que o da Bíblia. Na Idade Média desenvolveram-se, entre ashkenazim e sefaradim, várias pronúncias diferentes do hebraico litúrgico. Com o surgimento do sionismo moderno o hebraico começou a ser revivido, como língua falada, por Eliezer Ben Iehudá (1858-1922), que se recusou a falar qualquer outra língua, cunhou novas palavras e começou a compilar um grande dicionário hebraico, sem palavras hebraicas ou estrangeiras. Atualmente, no moderno Estado de Israel, fala-se o hebraico com uma pronúncia sefaradita modificada. Nos dias do Messias, todas as nações voltarão a falar o hebraico."

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