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domingo, 4 de novembro de 2012

Língua e identidade: função da língua hebraica (segunda língua) no ensino-aprendizagem das escolas judaicas de São Paulo



Esther Szuchman
Data da defesa: 08/12/2011.
Resumo: Este trabalho propõe-se a investigar e refletir, de uma perspectiva discursiva, a função da língua hebraica/segunda língua no processo de ensino-aprendizagem e os principais fatores que incidem neste processo de identificação/identidade, no atual contexto social-histórico da coletividade judaica de São Paulo, representada em sua heterogeneidade pelas escolas judaicas comunitárias: secular/laica e religiosa. A partir do discurso didático-pedagógico que permeia as escolas judaicas comunitárias sobre a língua hebraica, instituída como matéria regular obrigatória na grade escolar na atualidade, visamos a analisar, através dos recortes de falas de exalunos, professores e diretores, filiações simbólicas imaginárias que constituem seus processos de identificação com a língua hebraica em sua estreita relação com a história, a memória e a linguagem. Para tanto, em nosso gesto de análise recortamos as sequências discursivas obtidas no nosso questionário sobre identificação/identidade linguístico-cultural, a partir de posições-sujeito e da representação imaginária dos ex-alunos, professores e diretores da escola religiosa e secular/laica desdobradas em suas relações contraditórias em torno de saberes sobre língua hebraica no processo de ensino-aprendizagem. Neste recorte específico de saberes buscamos analisar a relação do sujeito com a língua do outro na sociedade e na história. Colocamos em causa nessas análises a concepção de sujeito, de identificação/identidade e o ensino-aprendizagem de segundas línguas/língua estrangeira. Por fim, propomos um olhar sobre o ensino-aprendizagem da língua hebraica, evidenciando a complexidade da relação do sujeito consigo mesmo, com a língua do outro enquanto ser/estar entre línguas. Trata-se do sujeito compreendido em sua heterogeneidade e na sua contradição inerente, como também em determinações histórico-sociais e culturais permeadas pelo inconsciente e pela ideologia que lhe são próprios. Nessa perspectiva a subjetividade contemporânea se produz como um movimento na história com seus deslocamentos e determinações entre o dentro e o fora, o mesmo e o diferente, entre o outro das línguas, espaço de necessárias (re) acomodações na impossibilidade de tudo dizer.

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