Malula – entrada em aramaico – deriva de uma lenda que evoca a herança religiosa separada da cidade. Santa Takla, linda jovem que estudou com St. Paul, fugiu de casa onde hoje é a Turquia depois que os pais pagãos a maltrataram devido a sua fé cristã recém descoberta. Chegando a Malula, ela viu o caminho bloqueado por uma montanha. A jovem rezou, e as rochas se dividiram em duas, e um riacho brotou por debaixo de seus pés.
Hoje, os turistas andam pelo cânion estreito onde se acredita que a santa tenha passado, com rochas rosadas a 30 metros acima de uma trilha. Próximo dali, duas dúzias de freiras vivem no Convento de Santa Takla, dirigindo um pequeno orfanato.
– Ensinamos às crianças o Pai Nosso em aramaico – revela uma freira vestida de preto – Mas todo o resto é em árabe.
Há uma capela na montanha onde dizem que a Santa Takla viveu, com uma árvore crescendo horizontalmente pata fora do local.
Mas até mesmo a identidade cristã da cidade está desaparecendo. Os muçulmanos começaram a substituir os cristãos emigrantes, e agora Malula – que já fora inteiramente cristã – é quase metade muçulmana.
Extraído de:
Jornal do Brasil, Internacional, em 03/05/2008.
Veja ainda:
Nas aldeias da Síria, a língua de Jesus tenta sobreviver à televisão e à Internet
Nenhum comentário:
Postar um comentário